
O que é ser honesto?
Por certo parece uma questão fácil de responder em um primeiro momento, mas quando paramos para uma análise mais detalhada verificamos que não é tão simples.
Todos concordam que roubar, furtar ou subtrair somas em dinheiro não constituem um ato lícito.
Mas ao nos aprofundarmos na questão podemos chegar ao caso do indivíduo que roubou umas batatas para comer, foi capturado em flagrante, julgado e condenado. Muitos de nós podemos argumentar que umas poucas batatas para alimentação de uma família não constituem um crime.
Também temos o exemplo daquele faxineiro de aeroporto que encontrou uma maleta ou bolsa, algo deste tipo, cheia de dólares e a devolveu sem subtrair um único dólar.
Por outro lado temos aqueles que mesmo recebendo nababescos salários avançam sobre o alheio.
Mas existe uma outra desonestidade, aquela dos que simulam a democracia ou usam das instituições democráticas e dos procedimentos por elas exigidos como uma fachada.
Assim temos que atentar bem para a montagem de conselhos, comissões e toda sorte de mecanismos de controle e validação dos processos democráticos, pois pode estar neles e nos seus procedimentos e composição uma ditadura disfarçada.
Por outro lado podemos ter trabalhos democráticos e construídos ao longo de muitos anos desconstituidos por seres humanos que se julgam no direito de corrigir atos estabelecidos com critérios e democraticamente regidos.
Ser honesto é ao fim uma questão íntima, de quanto concordamos com algumas transgressões, visto que somos humanos e por isso passíveis de falhas e estando com o poder de decidir as questões conosco fica fácil cair em tentação. A não ser que n os consideremos perfeitos e superiores e deste mesmo modo todos que convivem ou gozam de nossa amizade, estima e convívio.
Já lealdade é outra coisa. Por vezes alguém decide que deve cometer uma desonestidade para reparar algo que julgou sair errado. Bueno, neste caso pode ser salva a lealdade ou não. Em alguns casos é possível reparar conversando com quem realizou o trabalho, forma-se uma quadrilha ou as correções são feitas a revelia, mas salvou-se a lealdade. Porem pode tudo ser feito por "baixo dos panos", então adeus lealdade.Por vezes suportamos a desonestidade mas não a deslealdade.
Agradeço aos meus pais por terem me educado com um forte senso de honestidade e a minha analista por compreender que temos que ser leais com as pessoas, por que se não transformamo-as em fantoches.

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